A fragmentação do processo produtivo das multinacionais

11/09/2013 10:48

 As multinacionais, ou transnacionais são empresas que possuem uma matriz em um país e filiais em outros.  No mundo globalizado, as multinacionais têm uma função fundamental, pois, espalham pelo mundo as suas características, ou seja, o local se torna global. A Nova DIT (Divisão Internacional do Trabalho) espalhou a produção pelo mundo.

 

São 5 fatores responsável pela desconcentração industrial, são eles:

 

·        Mão de obra barata

 

·        Incentivos fiscais (baixos impostos)

 

·        Sindicatos fracos

 

·        Novos mercados consumidores

 

·        Novas fontes de matérias primas

 

 
A dinâmica dos espaços da globalização

 

As multinacionais são empresas que, por meio de filiais ou empresa submetida ao controle de outra empresa (subsidiárias), desenvolvem atividades em muitos países, mas possuem uma única matriz, geralmente no país de origem.

           É importante sabermos que a maioria das corporações multinacionais é originária de países desenvolvidos, sendo restrito o número de empresas desse porte sediadas em países subdesenvolvidos.
 

A expansão das multinacionais

 

A partir da metade do século XX, as grandes empresas de países desenvolvidos passaram a transferir parte de suas atividades para vários países, principalmente subdesenvolvidos.
Desse modo surgiu uma nova Divisão Internacional do Trabalho (DIT), e o processo de produção industrial em larga escala deixou de ser exclusivo dos países mais ricos, passando a ser desenvolvido, também, em países até então com economia voltada para a produção e exportação de gêneros primários.
 

 

A fragmentação do processo produtivo das multinacionais

 

A fragmentação do processo produtivo industrial e empresarial leva as multinacionais a conduzir suas estratégias de produção e funcionamento como se não existissem fronteiras entre as nações; por isso, essas empresas também são denominadas transnacionais.

 

Os fluxos de mercadorias e pessoas

 

Os transportes rodoviários e ferroviários são os maiores responsáveis pelos fluxos de mercadorias e pessoas no interior de países e continentes. Esses meios de transporte foram de extrema relevância para a organização do espaço geográfico interno de diversos países e, ainda hoje, desempenham importante papel na ocupação territorial de muitas nações, sobretudo daquelas dimensões continentais e com áreas inexploradas, como o Brasil, o Canadá, a Austrália e a Rússia.

 

Os fluxos marítimos internacionais

 

Apesar da crescente importância do transporte terrestre e aéreo, atualmente o transporte marítimo é o mais representativo no que se diz respeito ao fluxo de mercadorias entre países, sendo responsável por cerca de 80% do volume de cargas transportadas em todo o mundo.

 

Os fluxos e as cidades globais

 

O processo de globalização econômica, impulsionado pela expansão das empresas multinacionais, intensificou os fluxos de mercadorias, pessoas, informações e capitais entre diferentes regiões do planeta.
No decorrer desse processo, determinadas cidades passaram a desempenhar a função de grandes centros articulados de fluxos, ou seja, centros de convergência e dispersão da maior parte dos fluxos em nível mundial. Essas são as chamadas cidades globais ou metrópoles mundiais, grandes centros urbanos de países desenvolvidos, como a cidade de Nova York, Londres, Paris e Tóquio, e de alguns países subdesenvolvidos industrializados, como as cidades de São Paulo, Hong Kong, Seul e Cidade do México.

 

 
Globalização, desenvolvimento e subdesenvolvimento

 

A globalização exige qualificação. Em países desenvolvidos a especialização da Mao de obra é maior. Já nos subdesenvolvidos a pouca qualificação gera exclusão e desemprego.
A evolução do capitalismo impulsionado pelos avanças tecnológicos, gerou as condições necessárias para a globalização.
A expansão do capitalismo depende diretamente do crescimento do consumo, o que, por sua vez, acaba tendo implicações diretas sobre o meio ambiente.

 

 
Globalização aprofunda o abismo entre ricos e pobres

 

A globalização econômica que beneficia muita gente não conseguiu ainda aplainar as desigualdades sobre as quais as sociedades humanas construíram seu progresso.
Um único morador da Califórnia consome mais proteína, água, gasolina, e eletricidade do que toda uma vila do Sudeste Asiático. Essas desigualdades históricas geram indignação e perplexidade.
Diante desse quadro podemos concluir que a globalização se caracteriza pelo empobrecimento da maioria da população, paralelamente ao enriquecimento de uma minoria. Essa situação afeta principalmente os países subdesenvolvidos, onde a maioria da população convive com a falta de escolas, hospitais, moradias e trabalho, entre outros problemas.

 

 Domínio tecnológico: desenvolvimento e subdesenvolvimento

 

Outra característica marcante do processo de globalização é o aumento das disparidades (desigualdades) tecnológicas entre os países desenvolvidos e os subdesenvolvidos. Isso se deve ao fato de os países pobres não terem conseguido acompanhar a intensa aceleração nos avanços tecnológicos alcançada pelas nações mais ricas.
 Globalização e exclusão

 

Conclui-se então que a globalização traz oculta a lógica da acumulação capitalista, baseada na crescente concentração da riqueza capitalista, baseada na crescente concentração da riqueza nas mãos de poucos e no empobrecimento da maioria. Assim, a globalização expressa a fase mais atual do processo de exploração – subordinação entre os países do mundo.

 

 Estados Unidos: superpotência mundial
Colonização e formação da América desenvolvida

 

As particularidades na forma de ocupação e povoamento, além do idioma dos colonizadores, levaram os geógrafos a designar o conjunto de terras formado pelos Estados Unidos e pelo Canadá como América Anglo-Saxônica. Atualmente, porém, a expressão mais utilizada para denominar essa região é America desenvolvida.

 

Assim como na Canadá, a construção de ferrovias nos Estados Unidos foi fundamental para a ocupação do território.

 

 

 

 

 

Recursos naturais e a industrialização no nordeste dos Estados Unidos

 

Na segunda metade do século XIX, muitos recursos passaram a ser aplicados na mineração, tendo em vista a demanda de matérias-primas destinadas ao abastecimento da crescente indústria. Iniciou-se a exploração de imensas jazidas de carvão nos montes Apalaches, enquanto o ferro era extraído em abundancia nas proximidades dos Grandes Lagos e no nordeste do país.

 

 A exploração desses recursos alavancou o desenvolvimento da atividade industrial, principalmente depois da construção das primeiras grandes siderúrgicas e metalúrgicas, gerando condições necessárias para a implantação de vários outros segmentos industriais, como o de transportes e o da construção civil.

 

Mais tarde, no final do século XIX, a descoberta e a extração do petróleo, primeiramente nas proximidades dos Grandes Lagos e mais tarde no Texas e no golfo do México, proporcionaram grande desenvolvimento petroquímico. O petróleo passou a ser empregado como combustível para o funcionamento das máquinas industriais e dos meios de transporte, principalmente dos automóveis.

 

 

 

A ascensão da economia norte-americana

 

O crescimento da economia norte-americana foi favorecido por dois importantes acontecimentos históricos: a Primeira Guerra Mundial e a Segunda Guerra Mundial. Como esses conflitos ocorreram principalmente desse continente, que já eram industrializados e despontavam como potências econômicas, foram praticamente arrasados. Favorecidos por estar geograficamente distantes da Europa, os Estados Unidos não sofreram os mesmos desgastes e perdas resultantes desses conflitos.

 

Ao final da Segunda Guerra, países como Inglaterra, França, Itália e Alemanha estavam muito enfraquecidos e com as produções agrícola e industrial arruinadas. A escassez de produtos no mercado interno os fizeram recorrer às importações dos Estados Unidos, acelerando o crescimento da economia norte-americana.

 

 

O dólar na economia mundial

 

Ao término da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos, na condição de grandes credores internacionais, afirmaram sua hegemonia econômica. Essa posição, entretanto, já havia se evidenciado na Conferência de Bretton Woods, realizada em 1944 nos Estados Unidos. Essa reunião teve por objetivo planejar a estabilização da economia mundial, profundamente abalada pela guerra.

 

Naquela ocasião, o dólar norte-americano estava tão valorizado que se tornou a moeda referência no mercado internacional, ou seja, o valor das mercadorias comercializadas entre os países passou a ser definido conforme a cotação dessa moeda no mercado mundial. Nessa conferência nasceram as duas maiores organizações financeiras mundiais: Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD).

 

 

Estados Unidos: Uma potência militar

 

A Guerra Fria ficou conhecida como o período de rivalidade entre Estados Unidos e Rússia, levou a uma corrida armamentista sem precedentes na história. Mesmo que não tenham se enfrentado diretamente em um conflito, tanto os Estados Unidos quanto a União Soviética realizaram dezenas de intervenções militares nas mais diversas regiões do planeta, tendo em vista a ampliação das áreas de influência de seus respectivos regimes político-ideológicos.


Os Estados Unidos tornaram-se o centro de uma gigantesca aliança militar: a Organização do Tratado de Atlântico Norte (OTAN), criada em 1949 com a união de algumas das forças armadas mais poderosas do mundo, como a inglesa, a francesa e a italiana.
 
Durante o período inicial da intensa expansão das multinacionais pelo mundo, aproximadamente entre as décadas de 1950 e 1970, a maior parte dos projetos industriais instalados nos países estrangeiros tinha a incumbência de executar em um mesmo local todas as etapas necessárias à produção de uma determinada mercadoria. Todas as etapas de fabricação de um automóvel, por exemplo, deveriam ser realizadas em uma única unidade montadora, e até mesmo os componentes (peças, motor, chassi, etc.) deveriam ser produzidos, em sua maioria, nas imediações da fábrica.
 
Nas últimas duas décadas, entretanto, devido à busca incessante por custos operacionais mais baixos, maior produtividade e, conseqüentemente, maiores lucros, vem ocorrendo o que os especialista denominam de fragmentação do processo produtivo. Diversas corporações multinacionais passaram a dividir as etapas de produção e montagem de uma mesma categoria entre suas diferentes filiais espalhadas pelo mundo, com o objetivo de otimizar a fabricação. Para isso, introduziram novos métodos e técnicas de gerenciamento de produção, cujo modelo também vem sendo empregado nos setores do comércio e da prestação de serviços.
 
Atualmente, um veículo pode ter vários de seus componentes sendo produzidos em diferentes países do mundo, desde o motor até as peças de acabamento, como bancos e pedais. Esses componentes são reunidos em uma da unidades montadoras, onde se obtém, então, o veículo finalizado, pronto para ser comercializado no mercado interno do país onde foi montado ou exportado para outros países do mundo.
 
Dessa maneira, uma infinidade de mercadorias, desde bens de produção (máquinas industriais, veículos e transportes de carga) até bens de consumo (computadores, aparelhos eletrônicos, roupas calçados), tem seus componentes produzidos em unidades fabris de uma mesma empresa localizadas em diferentes países.
 
Outro aspecto fundamental relacionado a fragmentação da produção pelas multinacionais relaciona-se com os trabalhos de terceirização de determinadas etapas do processo produtivo. A terceirização consiste no repasse de atividades de produção consideradas não-estratégicas pelas grandes corporações a outras empresas, que deverão realizá-las dentro dos padrões de qualidade imposto pela contratante.

Nesse sentido, os serviços de produção, distribuição e comercialização de uma mesma mercadoria criada por uma multinacional vêm sendo realizados em parceria com diferentes empresas, muitas vezes localizadas em países distintos.

É importante termos claro que esse processo de fragmentação e de terceirização da produção somente tornou-se possível devido è existência de uma infra-estrutura tecnológica (equipamentos e softwares para transmissão de informações em tempo real, veículos especializados para transporte de cargas e passageiros, máquinas e equipamentos industriais de precisão) desenvolvida sob o comando da atual Revolução Técnico-científica.
O esquema abaixo constitui um exemplo de fragmentação do processo produtivo de uma multinacional do setor de aviação.